sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Num Sempre Qualquer


Num Sempre Qualquer

Quando o Sol brilhante imponente fazer nascer o dia e uma nuvem branca pairar a sombra para o seu refrescar...

Saiba que meu sopro suave provocou o vento que levou a nuvem até você...

Quando a chuva suave molhar sua face e resfrescar o seu sorriso...

Podem ser minhas lágrimas tentando de alguma forma te tocar...

Se amanhã nascer uma criança, um sonho ou uma flor...

Estarei presente também no seu olhar de encanto, no seu pranto e no seu amor.

Se não estou aqui, é porque precisava partir para te amparar.

Eu cuido do seu sono...
Seguro suas mãos... E estamos juntos.

Quando o teu peito sentir o queimor da saudade,
Ou seus olhos chorarem a dor da minha perda,
Saiba...Que em mim reina o desejo de te fazer sorrir... E por isso, breve farei com que uma lembrança doce te faça suspirar.

Não pude ficar... Precisei partir... Sem poder te amar tudo o que havia para amar.
Meu amor foi maior que minha vida.

Guardo todo amor para nosso reencontro.
Quando nossas almas se entrelaçarão embaladas pelo som da eternidade.

Enquanto não nos vemos,
Enquanto não nos temos...
Não julgue, não condene, não conclue.
Também vivi momentos de dor que quase me fizeram perder a fé.
Mas existem flores azuis aqui no jardim.

E a gente se encontra um dia desses, num sempre qualquer...

Orações


Orações

É como escrever nas pedras...
Esperando que as águas nunca venham com muita força...
Sonhando que as letras durem o tempo de uma vida inteira com você...
Mas eu me cansei de forçar a ordem natural das coisas...
Comprei um licor de chocolate e vou viver a insônia esperando que algo aconteça...

Bom ou ruim, nada pode ser pior que este nada à sombra de tudo...
O vazio ecoa a saudade dos tempos em que éramos só sonho e hoje, o pó...

Resto de um passado mal conjugado,
Em orações formadas por verbos imperfeitos...
Orações sem fé, terminadas com substantivos abstratos e reticências...

Jogo pelo chão toda nossa estrada sem voltas.
Passagens, idas e vindas, morte de planos sem sorte.
Em toda raiz, meu nome junto ao teu.
Orações com fé, finais pontuados depois da palavra saudade...

Sinais, pegadas...
Passos que não me levam a lugar algum...
E aqui, ainda, esta esperança pesada...
Débora Andrade

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Escrevo


Escrevo

 Talvez eu tenha parado de pensar um pouco.. Mas ainda não perdi a mania de escrever. A verdade é que... acho que eu só me alcanço quando eu escrevo.
 Não sou muito clara, menos ainda objetiva... Meus sentimentos, por eu jugá-los tão grandes e tão fortes, formam um turbilhão dentro de mim e quando falo... me perco em palavras superficiais misturadas a lágrimas que parecem, a alguns olhos, sem sentido.
Quando eu escrevo...me doou a quem lê. E, de certa forma, cedo um pouco de mim a mim mesma. E, dou a quem "falo" a chance de me reler. Sem lágrimas. E assim me dou a chance de ser entendida ou, pelo menos,  questionada.
Débora Andrade

Quem Sou Eu


"Quem sou eu"

Quando encontro estes "Quem sou eu" para preencher eu logo me pergunto: - E agora? Quem sou eu!?
É engraçado como a gente nunca sabe bem quem a gente é. Por mais que eu tenha mil idéias já prontas sobre o que sou, estou sempre mudando o texto porque eu me transformo todos os dias. Bebo minha vida em goles largos! Uso jarras e... de plástico(!!!). Não uso taças! Sempre fui um tanto desastrada e quebro todos os cristais. Deles, prefiro manter a distância!

Sou exagerada, intensa, ousada, faminta por sentimento, por afeto... Mas, às vezes, me dá uma preguiça... e aí eu só quero uma dose! Dose miúda de mim mesma... porque, em alguns dias, até à mim eu canso!

Sigo... Vou apalpando o meu mundo em busca da minha essência. Muita luz também atrapalha a visão! E por isso, o segredo e a confusão tendem a aumentar na mesma medida que me descubro.
Acho que a vida gosta de brincar de esconde-esconde com a gente. Nos pautamos e, quando nos entendemos por "prontos", nos deparamos com mais um "quem sou eu".
Surge bem no momento que você pensa ter escolhido o esconderijo perfeito. A vida conta até dez e... - Lá vou eu!, ouvimos ela gritar ainda do nosso esconderijo.
Conta alto, diz que lá vai ela, mas... não abandona seu posto. Não sai para procurar ninguém!
Eu, que sou pura ansiedade e inquietude... Não consigo ficar muito tempo escondida e saio correndo. Até acho que fiquei lá por muito tempo. Tive tempo de sobra para construir meus heróis!!!
Corro... Mesmo vendo a vida lá! Mas eu quero tanto ganhar!!!
Ainda quero conseguir bater e gritar: 1, 2, 3! Salvo todos!!
Débora Andrade
Débora Andrade

Gramática


Gramática

Ah! A gramática... !!! As orações sem sujeito têm verbos impessoais... Ao contrário... não há oração sem sujeito!! Portanto... Somos nós quem damos o tom às nossas vidas... Substantivos, pronomes, verbos.... Somos nós quem conjugamos o nosso tempo! E definimos singular ou plural... Verbos e tempos perfeitos ou imperfeitos...
Os adjetivos??? - Bom, bonito, grande, maiores, menores... IMPORTANTE??? Superlativos, comparativos, irregulares... Nós também determinamos...
É o peso que damos às coisas que as tornam importantes ou não... Intensas ou não... Pode ser um grão de areia... mas se vc desejar... Se ousar conjugar... se ousar SE CONJUGAR... pode ter a praia toda!
Débora Andrade

Confusos


Confusos

Nós sabemos. Mas, optamos por fingir não entender enquanto os risos soltos versam nossa história de confusão. Melhor não entendermos. Melhor não nos entendermos. Risco altíssimo à vista.
Melhor nos darmos as mãos.
Débora Andrade

Definições


Definições

Sabe aquela vontade de resolver as coisas?
É.. Resolver na hora.
No mesmo instante.
Desatar os nós.
Fazer cuspir as palavras, mesmo que não sejam certas.
Ajudar a desengasgar as confusões...

Ai, que agonia!

Esta mania de tratar com cuidado tudo que é importante...

Por enquanto... nós atados.
As palavras engasgadas podem sair, quem sabe, no calor do abraço.

E quem explica este desejo, esta ânsia que não se entende?
Em meio aos sentimentos ainda indefinidos... Nos definimos...
E fingimos bem aceitar o que parece ser.

Deve existir alguém por aí...
Débora Andrade