terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ciclos

Abro os braços e aperto o novo que vem com pressa.
Ao que se fecha, solto pela mão, bem devagar, agradecendo por toda emoção, gota a gota, vivida.
Entre lágrimas e sorrisos, o equilíbrio e as marcas no rosto que o tempo traz.
Mas, hoje, os ventos me sopram paz. Muito mais... Talvez eu sinta saudade das angústias.
Inspiravam-me poemas tristes e bem lidos. Do que se vai, se vai ao tempo que se deve.
E eu continuo a dever um futuro colorido. Vou colhendo as cores neste jardim de setembro.
Semeando amores, cultivando raízes. Vou pintando em meu rosto, pouco a pouco, as marcas que o tempo faz entre amores e dores. E com uma pitada de Sol, brilho um sorriso de quem é feliz por viver.
Mais um setembro. Mais uma primavera. E outro ciclo se faz.
Procedo... com fé, de pé e entre as flores.

 Débora Andrade

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