Com um sopro leve, ganho vida, ganho sonhos e termino em dó.
Sem claves de fá, deixo os gritos do meu peito guardar espaços para notas altas.
Berros sustenidos, entre sussurros e bemóis, brilham meus olhos fartos de vida, rasos d’água.
É festa! É sonho! É estrada! É dó! É mi, lá e é sol! Sol que abre em todas as minhas manhãs, agraciando-me com a graça de contemplar a luz.
É mais um ano. É mais um tanto. E é mais, é humano.
Sonhos, cifras e refrões. É vida além da minha, é o sorriso gritando os meus cantos.
Mais um ano. Mais uma chance. E eu, mais humana. Ainda sonho...
E faço festa em prosa, enfeitando meus sonhos com notas musicais...
Débora Andrade
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